5 de dez. de 2015

Campeonato Sul-Americano de Orientação 2015

Campeonato Sul-Americano de Orientação realizado na cidade de São Francisco de Paula – RS no período de 3 a 6 de dezembro de 2015. Desta vez com a participação de poucos estrangeiros nas categorias Elite, mas com a presença de representantes do Chile, Argentina, Uruguai e Equador em outras categorias.

No dia 3 de dezembro foi o revezamento, na mesma região dos percursos "longo" e médio, mas com distância curta para cada participante.

No dia 4 de dezembro foi o percurso Sprint, na área do Lago São Bernardo, com um percurso classificatório para as categorias H21E e D21E realizado a partir das 10:00h. As demais categorias correram a partir das 15:00h, assim como a final da Elite. Exceto por alguns pontos de controle alguns metros dentro de floresta, os percursos Elite foram de Sprint urbano. A disputa das Elites foi grande. Na H21E a diferença do campeão foi de apenas 2 segundos. Fabio Kuczkoski fez 16'26" e Sidnaldo Farias foi segundo com 16'28". Em terceiro chegou Cleber Baratto com 17'38", repetindo a sequência do percurso de qualificação. No feminino a campeã foi Letícia Saltori com 18'22", Franciely Chiles, que havia vencido a qualificação, foi segunda com 20'01" e Mirian Pasturiza repetiu a terceira colocação com 20'52" na final.


Já para algumas outras categorias, como as de veteranos H40A e até H55A, foram percursos curtos de floresta. A vegetação era limpa em 50% do percurso, mas não era um Sprint típico. Eu recordei o primeiro percurso médio que fiz no Rio Grande do Sul em 1999, na terceira etapa do CAMBOR, com a diferença que esse percurso agora era mais curto. Mesmo assim, eu venci agora na categoria H45A com o tempo de 16'30"; ficou dentro do previsto.  

No dia 5 de dezembro foi o percurso longo, para algumas categorias, como a D21E, onde Letícia Saltori venceu novamente com 54'22". Tânia Carvalho, que não correu o Sprint, foi a segunda com 58'33", apenas 4 segundos à frente de Franciely Chiles, que foi a terceira com 58'37". Na H21E já era esperado o campeão fazer ritmo abaixo de  6 minutos por quilômetro, e o vencedor foi Ironir Ev com 45'53"(5'28"/km) num percurso de 8,4km. Deveria ter sido um percurso de 11Km, pelo menos; o traçador errou apenas por 3km. Fabio Kuczkoski foi segundo com 46'22" e o terceiro foi Leandro Pasturiza com 47'28". 

Mas para as categoria H45A e H50A, por exemplo, foi um percurso médio, com tempo de 30 minutos para o vencedor. Nós não somos tão velhos assim para que um percurso longo tenha 4,3 km numa área tão limpa! Foi uma decepção meu primeiro percurso longo como veterano, primeiro porque não era longo e depois porque eu fui perceber que a escala era 1:7.500 somente na rota para o ponto 2, quando cometi um pequeno erro de direção e quase saí do mapa. Depois de mais de 30 anos correndo orientação ainda tem algum erro novo para cometer (não checar a escala do mapa na partida). Eu imaginava que  por ser um percurso longo a escala seria 1:10.000, o primeiro ponto tinha muitas referências visuais e dispensava a contagem de passos. Para o segundo fui seguindo referências novamente, mas confundi alguns talvegues rasos e saí à direita do azimute. Ao procurar referências adiante vi dois barrancos grandes ao lado de um caminho na minha perpendicular, mas não consegui vê-los no mapas, cheguei mais perto tentando identificar outros objetos próximos, mas estava confuso, e perdi muito tempo para me relocalizar. Ao retornar ao ponto 1, quando o havia avistado, percebi que aquele caminho no sentido sul-norte era na borda do mapa e os barrancos não estavam no mapa (havia um recorte no mapa para colocar uma legenda com a escala!); aí que olhei que a escala era 1:7.500 e percebi que tinha chegado muito rápido lá.  Depois disso não cometi outros erros, mas não corri mais no ritmo que estava no início, e tive que me contentar com a sétima posição, a mesma que meu amigo Fioravanti na H21E. E assim tem mais uma historinha para o manual do Jovem Orientista.


No dia 6 de dezembro foi o percurso médio, e na categoria D21E Letícia Saltori venceu novamente com Franciely Chiles em segundo lugar e Tânia Carvalho foi a terceira, permanecendo essa colocação na soma dos pontos. Para completar o pódio final, Mirian Pasturiza foi a quarta colocada e Edinéia Roniak a quinta. 



Na categoria H21E Ironir Ev vence novamente, Leandro Pasturiza foi o segundo colocado, Sidnaldo Farias vai para terceiro, Juscelino Karnikowski  sobe para o quarto lugar e Everton Markus caiu para quinto.

28 de nov. de 2015

Daniel Hubmann








IOF - Atleta do Mês de Outubro 2015

Nome: Daniel Hubmann
País: Suíça
Club: OL Regio Wil, Suíça / Kristiansand OK, Noruega
Data de Nascimento: 16 abril de 1983
Disciplina: Orientação Pedestre
Família: Casado com Annette Hubmann, filha Lina nasceu 09 de setembro de 2015.
IOF Ranking Mundial: 1º Distância Média e Longa, em 1º na Sprint.


Destaques da carreira: medalhas de ouro no WOC: República Checa 2008 e Hungria 2009, revezamento de 2009, Sprint 2011, médio e revezamento Scotland 2015. 19 medalhas em WOC no total. Ouro nos Jogos Mundiais: revezamento na Alemanha 2005, no médio em  Taiwan 2009 e revezamento na Colômbia 2013. Seis medalhas de Jogos Mundiais no total. Ouro no EOC: no longo Bulgária 2010 e médio e longo em Portugal 2014. Dez medalhas de EOC no total. Na Copa do Mundo foi 6 vezes vencedor geral: 2008, 2009, 2010, 2011, 2014 e 2015. JWOC: ouro no longo e revezamento de 2002.

Ainda continua forte
No último Campeonato Mundial na Escócia Hubmann ganhou o ouro tanto na distância média e revezamento, e prata no de longa distância. Agora ele tem um incrível número de 19 medalhas em WOC, mas não há planos para sair, quer ganhar medalha ou ser um atleta de alto nível. Pelo menos não para por algum tempo.

— Claro, tenho 32 anos agora e posso não ter tantos anos adiante. Mas no momento eu não tenho planos de parar. É claro que eu ganhei todas as corridas importantes que se pode ganhar na orientação. Ganhar mais corridas é uma parte da minha motivação, ser um atleta profissional é outra parte. Eu tenho minha vida muito bem organizada agora com todos os patrocinadores, e recentemente assinei um novo contrato de três anos com o meu patrocinador principal. É por isso que eu não posso reclamar e eu vou continuar como um atleta profissional enquanto a motivação e os resultados estiverem estáveis.

Um Daniel Hubmann triunfante no WOC deste ano.

Hubmann foi treinado como um carpinteiro, e quando era mais jovem ele trabalhava em tempo parcial como um carpinteiro. Desde 2007 ele tem se concentrado no esporte em tempo integral, mas ele também é qualificado como um treinador.

 Daqui a alguns anos, você estará ajudando outros atletas para alcançar novas alturas?
 Hmm, eu não tenho certeza ainda, nem mesmo se estou qualificado como um treinador. Agora eu não tenho certeza se eu quero ter no futuro o mesmo estilo de vida que eu faço agora, com um monte de viagens para os mesmos eventos sem ter uma pausa.

Cowboy crescido
Ele sempre gostou de natureza e esporte. Quando era menino, Hubmann passou a maior parte de seu tempo ao ar livre, e estava na floresta com bastante frequência. Ele cresceu como um vaqueiro em uma fazenda com vacas produtoras de leite em Eschlikon, que fica no Nordeste da Suíça, a 50 km de Zurique. Cerca de 4.000 pessoas vivem na aldeia. Em Eschlikon ele tinha uma área de treinamento na floresta apenas a 300 metros de distância da casa.

 Existe muita floresta em torno de Eschikon, na sua maioria muito íngreme e não muito técnica. Mas é muito bom para o treinamento físico. O meu clube OL Regio Wil e meu treinador Kilian Imhof têm sido muito ativos e tivemos alguns anos com um grupo de treinamento agradável - irmãos Hubmann, David Schneider e outros. Existem seis treinamentos organizados a cada semana, diz Daniel.

Em 1994, com a idade de 11 anos, ele participou de sua primeira corrida em seu próprio país.

 Eu não me lembro da corrida toda.
 Você ainda tem o mapa?
 Eu tenho uma grande coleção de todas as florestas em que estive, mas eu não tenho mais esse mapa, porque cada vez que eu tinha uma corrida na mesma floresta novamente, eu descartava os mapas antigos, diz ele.

Não é uma família de orientistas
Daniel não cresceu em uma família de orientistas, mas seu tio Jörg Hubmann estava envolvido no esporte.

— Eu comecei por causa dele, ele me dava carona para as corridas.
Daniel foi bem sucedido em todas as categorias de idade desde novo. Orientação sempre foi seu esporte número um.
Qual é o seu conselho para os jovens orientistas tentando ficar melhor?

 Claro que você precisa trabalhar duro, mas se divertindo é pelo menos compensador. Eu acredito que o trabalho duro ao longo de alguns anos compensa, e muita coisa está ligada à sua motivação e sua vontade.

Os irmãos incríveis
Ele tem dois irmãos, Beat, nascidos em 1987, e Martin, nascido em 1989. Seu irmão mais novo também está entre os melhores do mundo. Martin tem prata no Sprint, no WOC na Escócia. No revezamento Sprint na Itália foi ouro.

 Em que nível está Beat?
— Ele faz orientação para se divertir agora, e foi treinar um grupo de jovens durante alguns anos. Anteriormente, ele estava na equipe nacional júnior.

O fã-clube
Daniel e Martin tem um fã-clube juntos.

— A Idéia do fã-clube é construir uma comunidade de pessoas que estão interessadas em nós. Alguns são orientistas, mas não são muitos. A pouco tempo tivemos nossa reunião anual e esperávamos 100 convidados. No total, tivemos 184 pessoas. Temos alguns novos membros este ano, talvez porque os irmãos Hubmann conquistaram todas as medalhas de WOC individuais para a Suíça neste ano, Daniel sorri.
— Com qual frequência você e Martin cooperam no treinamento?
— Nós vivemos em diferentes partes da Suíça, por isso, não treinamos juntos regularmente.

Passo importante
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No JWOC na Espanha, em 2002, ele ganhou tanto na distância longa e revezamento em seu segundo e último ano como júnior.

 Quando eu ganhei o JWOC há treze anos eu realmente comecei a sonhar alto. Este foi um passo importante, esse sucesso na minha carreira me deu muita motivação.

Em seu segundo ano como sênior, ele terminou terceiro na classificação geral da Copa do Mundo, e conseguiu seu primeiro triunfo indivídual Copa do Mundo. Isso aconteceu em Battersea Park, em Londres.

 Foi um grande dia para mim em Londres. Naquela época, eu ainda não era capaz de vencer corridas na floresta em alto nível, mas por sorte foram sprints, e eu consegui vencer a minha primeira corrida no WC com a idade de 22 anos. Ainda me lembro do dia ensolarado, e que estava totalmente atordoado quando viajei de volta para o hotel.
Agora o incrível atleta suíço já executou 109 corridas da Copa do Mundo e ganhou 26 delas.

Prefeita Lola Ayinrode felicita Daniel Hubmann com sua primeira de até agora 26 vitórias individuais na Copa do Mundo.

Um monte de medalhas

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Os vencedores de revezamento nos Jogos Mundiais, em 2005 - Matthias Merz, Lea Muller, Daniel Hubmann e Simone Niggli.

Mais tarde, em 2005, ele ganhou a prata no sprint no WOC no Japão e bronze no revezamento no mesmo campeonato. Três anos depois ele conseguiu seu primeiro ouro no WOC ao vencer a longa distância. No ano seguinte foram mais duas medalhas de ouro e, em 2011, foi o primeiro lugar no sprint na França. O próximo grande passo foi um WOC em casa, mas Daniel não chegou a competir dessa vez.

Durante a segunda perna do revezamento, no último dia do Campeonato Europeu de 2012, na Suécia, ele teve uma lesão em seu tendão de Achilles que precisava meses para se recuperar. Ele se machucou apenas a algumas centenas de metros antes da chegada, não desistiu, mas terminou com grande dor. A lesão foi tão ruim que poderia ter sido o fim de sua carreira no esporte em alto nível.

— Ninguém poderia me dizer se eu seria capaz de fazer esporte de alto nível novamente, mas eu queria fazer uma tentativa.

Realmente de volta ao topo
Em 2013 ele estava realmente de volta ao negócio, e ficou em segundo lugar geral na Copa do Mundo, mas foi "apenas" quinto em seu melhor resultado individual no WOC, na Finlândia. Havia ainda algum caminho a percorrer, e não foi até este ano que sentiu que estava de volta ao melhor nível de 2008 e 2009 e talvez até um pouco melhor. Duas de ouro e uma de prata no WOC para dizer a verdade. Ele agora tinha seis ouros no WOC.

 Qual de suas vitórias foi a mais importante?
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 Agora eu acho que o ouro no WOC deste ano na distância média foi o mais importante, porque eu estava esperando desde 2011 por mais um ouro. Durante este ano, muitas coisas aconteceram e algumas pessoas pensaram que meu tempo tinha acabado.

 Qual é o segredo do sucesso?
 Não há nenhum segredo. Eu acredito que a maior parte dele é um trabalho árduo ao longo de muitos anos.


Hubmann em ação no Campeonato Europeu de Orientação 2014

Nunca comete o mesmo erro duas vezes
Tio Jorg foi o primeiro professor de orientação de Daniel. Seu próximo professor foi Kilian Imhof, que ainda o treina até hoje.

 Eu comecei a cooperação com Daniel no final do século passado, mais de 15 anos atrás, diz Imhof.
 Por que ele está fazendo tão fantasticamente bem?
 Claro que Daniel é muito talentoso em habilidades de orientação e na execução. Mas do meu ponto de vista, ele tem duas coisas adicionais. Em primeiro lugar, ele é um trabalhador extremamente prático. Ele concentra-se nos pontos importantes, e ele comete erros apenas uma vez. Em segundo lugar, ele quer ganhar, mas ele também gosta de treinar e correr, especialmente em  terreno de natureza agradável. Ele administra sua vida como um desportista profissional muito bem.

 Como Faz o seu trabalho de co-operação?
 No início, trabalhamos em estreita colaboração. Daniel vivia a apenas dois quilômetros da minha casa, e nos encontrávamos pelo menos a cada semana. Não só trabalhávamos no planejamento juntos, eu também o acompanhava em uma série de sessões de treinamento. Um dos meus objetivos de treinamento é fazer com que os corredores sejam mais e mais independentes e formados. Daniel tem agora uma qualificação de técnico, e ele sabe relamente como executar. Mas ainda temos algumas boas sessões de planejamento e discussão em conjunto.

Cinco anos atrás Kilian também começou a trabalhar com o irmão de Daniel, Martin.
 Este ano, intensificamos nossa cooperação para a preparação ao WOC. Fizemos um campo de treinamento privado Hubmann e tivemos alguns treinamentos extras de sucesso.

O treinamento de mapa
Daniel está no nível superior, tanto no sprint como nas disciplinas de floresta. Ele gosta de todo tipo de orientação.

 Eu cresci com ambos. Na seleção suíça começamos a focar no sprint muito cedo. No meu treinamento diário eu também foco na resistência e intervalados. Eu treino na floresta e treino no asfalto durante todo o ano.

A maior parte do treinamento que ele faz sozinho, ele encontra outros atletas apenas cerca de duas a quatro vezes por semana.

 Claro, por vezes, seria bom ter mais companhia, mas o treinamento bem na minha própria porta da frente é muito eficiente.

 Quantas vezes você treina com um mapa durante uma semana?
 Normalmente eu faço dois treinamentos com mapa em uma semana normal em casa. Eu sempre olho para alguns mapas do WorldofO.com e verifico as rotas de alguns eventos do Ranking Mundial ou de campeões nacionais de outros países. Faço isso cerca de duas a três horas por semana.
Quando ele não tem nenhum problema, a maior parte do treinamento é de corrida. Durante os últimos 12 meses ele treinou 600 horas de corrida e 130 horas de orientação.

A frase bem conhecida


Daniel Hubmann - londonDepois que Daniel ganhou seu primeiro título mundial em Battersea Park dez anos e meio atrás, ele disse para a IOF:

 Foi uma corrida perfeita. Eu não cometi erros. Foi o melhor sprint que eu já fiz.

Daniel tinha batido todos os melhores orientistas do mundo. Ele continuou a fazê-lo, e também tem sido capaz de utilizar a mesma expressão frequentemente.

 Bem, eu sempre digo que foi uma corrida muito boa, mas não tantas vezes que foi perfeita. Mas isso é verdade, muitas vezes eu estou muito feliz após as corridas. Acho que nas grandes competições eu realmente me esforço aos limites e tiro o melhor de mim, com foco total. Quando as corridas não são tão importantes, às vezes eu sou preguiçoso.

Uma nova vida
Em 2003, Daniel e Annette Kindschi se casaram. Ela também é uma orientista e participou da Copa do Mundo para a Suíça uma vez. Eles vivem em Herrenschwanden. Fica perto de Berna, mas é possível treinar na floresta correndo de casa.
No dia 09 de setembro, três semanas após o WOC, nasceu sua primeira filha, Lina. Lina mudou suas vidas.

 Não é mais uma organização individual, e eu não sou tão livre e flexível. A boa organização tornou-se ainda mais importante. Mas, por outro lado, a nossa pequena filha me dá muita energia e eu percebo quão fascinante é vê-la crescer.

A próxima grande meta
Agora ele está trabalhando duro para chegar a um nível ainda mais alto e ganhar seu primeiro ouro no WOC em terreno Nordic, em Strömstad, Suécia, em agosto.

 Para mim, é óbvio que eu não estou indo só para me divertir ou para ganhar uma medalha de bronze. Eu treino duro para ganhar outra medalha de ouro lá.

Texto: Erik Borg
Fotos: Erik Borg e Malin Björkqvist

4 de out. de 2015

Orienteering World Cup 2015

Terminou em 3 de outubro a Orienteering World Cup 2015, Copa do Mundo de Orientação 2015, com a realização do revezamento de Sprint, numa paisagem alpina e com direito a neve na manhã de domingo. Nesta última etapa foi campeã a equipe da Suíça, com Finlândia em segundo e Suécia em terceiro. 

 O ranking final da O-World Cup terminou assim:



Aqui o pódio da Orienteering World Cup:




Informações e resultados:
http://www.o-worldcup.ch/en/


2 de out. de 2015

Etapa final da Copa do Mundo de Orientação - World Cup 2015 - na Suíça

A partir de 2 de outubro, podemos ver e acompanhar pela internet  a etapa final da Copa do Mundo de Orientação - World Cup 2015 - na Suíça.







Daniel Hubmann foi o campeão do percurso longo e garante sua vitória no World Cup, independente dos resultados do percurso médio, a última competição individual. No dia 4 de outubro tem o Sprint Relay, revesamento misto urbano.



9 de set. de 2015

Luiz Sérgio Mendes eleito novo Presidente da CBO

Veja no blogue ORIENTOVAR:



A Orientação brasileira viveu, no passado sábado, um momento verdadeiramente histórico. Ao ser eleito como novo Presidente da Confederação Brasileira de Orientação para um mandato de quatro anos, Luíz Sérgio Mendes coloca na “renovação e conciliação” as suas atenções, apontando caminhos de futuro.

5 de set. de 2015

Eleição da nova Diretoria da CBO

Neste 5 de setembro de 2015 foi realizada na cidade de Campinas-SP a Assembléia Geral da Confederação Brasileira de Orientação, onde foi apresentado o relatório da análise contábil das contas das CBO de 2014 e foi realizada a eleição para a nova Diretoria da CBO, onde foi eleita a chapa “RENOVAÇÃO e CONCILIAÇÃO” que será empossada em 30 dias. 

A nova Diretoria eleita será composta pelos seguintes membros:

Presidente: LUIZ SERGIO MENDES (CBO 015)
Vice-presidente: OSCAR MORITZ (CBO 12574)

Diretoria:
- Diretor Secretário: ANTONIO DMETERKO (CBO 251)
- Diretor Técnico: GILSON SCHROPFER (CBO 1868)
- Diretor Financeiro: ANTONIO TADEU TEIXEIRA DE FARIAS (CBO 694)
- Diretor Contábil: FLÁVIO DOS SANTOS RAUPP (CBO 3059)
- Diretor de Marketing: a ser definido
- Diretor de Divulgação: a ser definido
- Diretor de Cursos: LUCIANO DE OLIVEIRA (CBO 5156)
- Diretor de Regras: CARLOS ALBERTO XAVIER (CBO 010)
- Diretor de Relações Institucionais: JOSÉ FERREIRA DE BARROS (CBO 417)
- Diretor de Relações Internacionais: A ser definido
- Diretor de Assuntos Jurídicos: ROBERTO DIAS TORRES (CBO 12215)

Conselho Fiscal – Efetivos:
Membro: PAULO CALISTO BECKER (CBO 899)
Membro: JOSÉ MARIA PEREIRA DA SILVA (CBO 373)
Membro: WLADIMIR CHAGAS DE SANT´ANNA (CBO 786)

Conselho Fiscal – Suplentes:
Membro: JOSÉ RONI DOS SANTOS (CBO 891)
Membro: CÉZAR MÁRIO RECH (CBO 4101)
Membro: VALDIR DE JESUS BABOLIM (CBO 509)

Na Assembléia foi muito elogiado o trabalho realizado nos últimos 15 anos pelo então Presidente da CBO José Otávio Franco Dornelles, que conduziu o processo democrático dessa eleição, com a presença de 12 representantes de federações estaduais e outros representantes de clubes de orientação presentes.

A nova Diretoria tem várias propostas para o gerenciamento da CBO, e muitos desafios principalmente na área financeira, como levantar recursos para saldar a dívida existente junto à Federação Internacional de Orientação e saldar dívidas oriundas de eventos realizados pela CBO em 2014.
Luiz Sergio Mendes - novo Presidente da CBO

12 de ago. de 2015

RONALDO ANDRE CASTELO DOS SANTOS DE ALMEIDA

Ronaldo Almeida: "É um erro enorme continuarmos a aceitar que haja apenas um ponto de vista para a Orientação brasileira"



No início de cada temporada, Portugal transforma-se numa espécie de “Meca” para orientistas do Mundo inteiro e, nos últimos anos, alguns brasileiros têm-nos honrado com a sua presença. Ronaldo Almeida é uma dessas personalidades e conversou com o Orientovar no final do primeiro dia do Portugal O' Meeting. Uma conversa que é também um desabafo e um desafio.

Veja a entrevista completa no blogue ORIENTOVAR

14 de fev. de 2015

Portugal O' Meeting 2015


O Carnaval na orientação vem com o tradicional Portugal O' Meeting


É já o maior de sempre. Com 2268 atletas inscritos, em representação de 26 países, o Portugal O' Meeting bate em 2015 todos os recordes, precisamente no ano em que sopra 20 velas. Dos melhores do mundo aos mais ilustres desconhecidos, todos irão desfrutar, a partir de hoje e durante os próximos cinco dias, da festa que o Clube de Orientação de Estarreja cuidadosamente preparou.

O Portugal O’ Meeting 2015 reparte-se por 7 provas distribuídas por cinco dias de competição. Destas, apenas quatro pontuam para o ranking do evento, sendo três de Distância Longa e uma de Distância Média. Completam o programa uma Estafeta Mista de Sprint, um Sprint urbano nocturno e uma prova de Orientação de Precisão.

Com 233 atletas inscritos na Elite masculina, a organização viu-se obrigada a dividir os atletas em Elite e Super Elite. Esta situação, porém, levantou algumas questões por parte de atletas acerca do critério utilizado, o que levou a organização do POM 2015 a solicitar à IOF uma clarificação das regras nas quais esta divisão se baseia. A resposta não podia ser mais taxativa: “Não existe atualmente uma regra que permita proteger atletas lesionados em termos de ranking, pelo que o Ranking Mundial da IOF é o único critério para a divisão dos atletas em Elite e Super Elite.” Face ao exposto, a organização do POM2015 aplicou as regras em vigor pela FPO e IOF, gerando as listas a partir do ranking, o qual pode ser visualizado AQUI.

Participam alguns atletas da equipe da Marinha do Brasil.

Programa detalhado

  • Sexta feira 13 de fevereiro, Mira. SPORTident Sprint Relay Mass Start. Partidas às 14h00 (escalões de competição) e às 14h05 (escalões abertos). Primeira partida para percursos individuais às 14h30. Cerimónia de Entrega de Prémios às 17h00, na Arena Mira-Villas.
  • Sábado 14 de fevereiro, Dunas de Mira.Distância Longa Dunas de Mira. Primeira partida às 10h00.
  • Sábado 14 de fevereiro, Praia de Mira.SPORTident Sprint Noturno. Primeira partida às 19h00. Cerimónia de Entrega de Prémios às 22h30 na Arena Praia de Mira.
  • Domingo 15 de fevereiro, Dunas de Mira.Distância Média Dunas de Mira. Primeira partida às 09h00.
  • Domingo 15 de fevereiro, Dunas de Vagos.Invacare PreO. Primeira partida às 12h31 e última partida às 13h11 (Classe Paralímpica); primeira partida às 12h30 e última partida às 15h54. Cerimónia de Entrega de Prémios às 18h00, na Arena Dunas de Vagos.
  • Segunda feira 16 de fevereiro, Dunas de Vagos. O-Portugal Distância Longa WRE. Primeira partida às 10h00.
  • Terça feira 17 de fevereiro, Dunas de Vagos. Distância Longa Dunas de Vagos. Primeira partida às 09h00. Partida do Chasing Start – Homens e Mulheres Elite às 09h30; partida do Chasing Start – Homens Super Elite às 11h00. Cerimónia de Entrega de Prémios POM 2015 às 14h00, na Arena Dunas de Vagos.
Saiba tudo consultando o BOLETIM FINAL do Portugal O' Meeting 2015. 

Detalhes na página do evento.

Acompanhe as notícias no blogue ORIENTOVAR.

Rúbens Igreja

 "Vamos espalhar a Orientação de Precisão pelo Brasil inteiro"



Comandante da Marinha brasileira e um dos grandes impulsionadores da Orientação no País irmão, o Comandante Rúbens Igreja esteve entre nós, participando, juntamente com outros dois altos embaixadores brasileiros desta modalidade – Marcelo Malato e José Ferreira Barros - no I Curso de Organização e Traçado de Percursos de Orientação de Precisão, que decorreu na Praia da Tocha em 13 e 14 de dezembro. Aqui fica um apanhado das suas impressões, simultaneamente um grito de querer e esperança na afirmação da Orientação de Precisão no Brasil.

16 de jan. de 2015

Brasil na capa da ORIENTEERING WORLD

   Não foi por mero acaso que na capa da edição 2014 da Revista ORIENTEERING WORLD aparece uma foto de um orientista brasileiro na largada do revesamento do World Games, na Colombia. Primeiro porque estávamos lá presentes, sendo representados por Leandro Pasturiza e outros dedicados atletas. Segundo porque o Brasil tem sido destaque da orientação na América do Sul, no esforço de competir e organizar eventos. É claro que temos muito que desenvolver nessas duas áreas de nosso esporte, mas estejam certos que olhos de todo o mundo estarão atentos a nosso trabalho.







baixar no endereço:
http://orienteering.org/resources/publications/orienteering-world/

ou ver direto no endereço:
http://www.orienteering.org/edocker/orienteering-world/2014/

1 de jan. de 2015

Manual do Jovem Orientador - Dica nr 41


Dica no 41: Ouse ser um vencedor.

A segunda parte deste manual é dedicada aos orientistas que querem ser vencedores, seja para subir de categoria, enfrentando novos desafios ou competir na categoria elite. No manual escrito por Göran Andersson, técnico da equipe da Suécia por vários anos e consultor da equipe britânica, um dos capítulos tem o título “Ouse ser um vencedor”. O primeiro aspecto abordado é que ser um vencedor é uma escolha e um objetivo pessoal. 

Depois de respondida a pergunta principal – Por que ser um orientista? – vem a pergunta: O que quero fazer? O planejamento será de acordo com os objetivos. Quero ser um atleta de elite? Para desafios maiores é necessário mais treinamento e mais dedicação. O sucesso não vem por acaso. 

Um vencedor:
- Ama competir
- Tem alegria no que faz
- É modesto
- Tem a habilidade de pensar em novos caminhos
- Sabe quando algo vale todo seu esforço
- Entende a necessidade de experimentar algo real para dominá-lo
- Pensa no presente e no futuro
- Vê as possibilidades
- Tem autoconfiança
- Sabe que o sucesso leva ao sucesso
- Sabe que pode ter sucesso se quiser
- Sabe que o espírito de equipe cria uma atitude vencedora
- Sabe que compartilhar objetivos libera a energia para lutar
- Vê a luta como um desafio
- Sabe que tem que perseverar até a linha de chegada
- Sempre assume a responsabilidade por sua performance 
- Trabalha mais que um perdedor 

Além dessa lista, muitos atletas de sucesso têm mostrado a habilidade de observar tanto os pequenos detalhes quanto a visão geral, abordando a vida fora do esporte. Para ter uma performance ótima e atingir o sucesso é necessário considerar todos os fatores que podem afetar você e seu progresso rumo aos objetivos. Áreas não ligadas ao treinamento como saúde, família, trabalho, estudos, lazer e finanças têm muita influência sobre o esportista. Antes de gastar tempo planejando os detalhes de nosso programa de treinamento, é preciso considerar esses fatores, se temos um empregador que entende e apoia financeiramente nosso compromisso, se as pessoas de nosso convívio aceitam nosso compromisso como atleta. É necessário sentir-se bem, estar livre de lesões e em harmonia consigo mesmo e com tudo em volta, com uma plataforma sólida para resultados vitoriosos. Não podemos mudar nossa herança genética, mas podemos influenciar, mudar ou desenvolver muitos fatores em nosso meio-ambiente. A maioria dos atletas que chegam ao pódio em grandes competições pensam nessas coisas cuidadosamente. 

Os vitoriosos têm muitas coisas em comum. Anos de trabalho duro, incontáveis treinamentos locais, muitos finais de semana treinando em outras cidades e preparação cuidadosa que trazem o sucesso tão esperado. Quando o quadro geral está resolvido, é hora de incrementar com um plano detalhado para o treinamento geral e específico. Aí vêm várias perguntas: Que tipo de treinamento eu devo fazer? Quando eu vou treinar? Onde eu vou treinar? Como eu vou treinar? Com quem vou treinar? Quem irá me ajudar e apoiar financeiramente? 

No Brasil a maioria dos atletas da Elite são militares, em razão do apoio para treinamento e incentivo para competir. Mesmo assim as condições ainda não são ideais. Eu e outros atletas tivemos que enfrentar a oposição de alguns colegas e chefes que consideravam o serviço de manutenção mais importante que representar a Força em um campeonato esportivo. Muitos certamente tinham inveja de podermos viajar com certa frequência para treinar e competir, enquanto os demais raramente eram enviados para cursos ou outras missões. Eles não levavam em conta as diversas horas de treinamento fora do horário de expediente e nos finais de semana, priorizando mais o esporte que o aperfeiçoamento profissional. Eu deixei o interior de São Paulo e fui para o Rio de Janeiro por causa da falta de incentivo dos colegas, ao ver que somente conseguiria continuar trabalhando por vários anos com o esporte se fosse para a Comissão de Desportos da Aeronáutica. Assim continuei como atleta e cooperei com o esporte como mapeador e traçador de percursos por cerca de vinte anos, além de cumprir minhas tarefas administrativas e militares. 

Quando chegou o tempo de dar prioridade à minha família, ao ser promovido a oficial, pedi para ser transferido para uma organização militar em uma cidade diferente. Desisti de treinar para os Jogos Mundiais Militares porque não teria apoio para treinar em tempo integral, como aconteceu com os atletas do Exército e da Marinha. Em situação de apoio semelhante à minha, meu colega Fioravanti chegou a participar das seletivas por dois anos, mas como era convocado apenas para períodos curtos de treinamentos e competições, não conseguiu vaga na equipe brasileira, pois não podia acompanhar a evolução física dos atletas das outras Forças. Até para trabalhar nos Jogos, por necessidade de uma pessoa mediando a arbitragem da prova de orientação do pentatlo aeronáutico, eu tive que negociar com minha chefia e reduzir ao mínimo necessário meus afastamentos de sede.  

Cada pessoa precisa analisar as demandas da orientação e sua capacidade própria. Como está a orientação no presente? Como pode estar no futuro? Para o que preciso me preparar? Que capacidades possuo agora? O que preciso para vencer? 

Depois que essas questões forem respondidas, é relativamente fácil fazer um programa de treinamento personalizado que seja eficiente, variado e balanceado. O atleta trabalha com seu coração e tem forte motivação interna. Um caminho para fortalecer e aumentar o compromisso é trabalhar com esta visão geral e ajustar os objetivos.

Um vencedor deve ser diferente. Talvez você pode até dizer que o vencedor deve ser um pensador original. Vencedores não copiam seus rivais. Eles acham seu próprio caminho para o sucesso. Um vencedor se atreve a pensar diferente. 

O sonho de ganhar um campeonato importante motiva muitos de nós. Para ser um vencedor é preciso ser capaz de ver o futuro, e a única coisa que podemos saber sobre o futuro é que não vai ser como hoje. Coisas que são verdadeiras hoje em dia, podem não ser o mesmo amanhã, ou totalmente o oposto na verdade. A única coisa que sabemos com certeza é que haverá mudanças. Como um atleta de elite você tem que estar pronto para mudar seu futuro, pois você é a principal pessoa que tem o poder para fazer isto.